sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Inquietude
[Igo Araujo dos Santos]
Bate o coração,
no compasso descompassado,
de um louco desesperado,
procurando por algo na escuridão.
A sanidade enlouqueceu,
enquanto a noite caía e o sol se apagava,
displicentemente, com quem diz:
a minha hora já deu.
E assim,
nessa angustia desmedida,
familiar e enturvecida,
caminha pela rua vazia,
silênciosa e há muito tempo esquecida.
A inspiração que antes o afogava,
agora, mata-o de sede.
Sua falta se cala na luz parca e branca sobre a face,
desviando-lhe do propósito,
Tirand-lhe a atenção
E foco e o sonho,
a vontade e o ideal,
lhe abandonaram,
como os ratos abandonam o navio,
fadado ao leito do oceano.
Tudo o que lhe sobrou como bote salva-vidas,
foram o vício e a fantasia infantil,
imprestável,
infrutífera
e até cruel,
que diminui, quem nasceu para ser grande.
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Nossa ! que poema forte !
ResponderExcluirassim como tudo que você escreve, está perfeito !
Parabéns Igo !
ahh, Feliz 2009 atrasado! =D
Creio que o senhor g-zus esqueceu de me dar uma boia.
ResponderExcluirNo mais, suas palavras são fantasticas!
hahah! gosto p/ caramba de textos assim^^
ResponderExcluirnão sei se já te disse isso, ou se vc já conhece, mas recomendo que vc leia os livros de um escritor chamado "André Vianco"... acho que vc vai gostar!
abraço
Aiii adoro poemas, mas podia ter mais sexo neles... dorei
ResponderExcluirme visita bjim
http://sugardanger.blogspot.com/
Palavras fortes e sentimento cruel ! Me senti assim quando li.Abração moleque ! Se cuida !
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