terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cannabis: Sim ou Não?



Vamos brincar de faz-de-contas? Só que esse jogo tem regras: não vale mentir nem ser hipócrita, ok?

Você é um usuário inveterado da "erva". Ok, não precisa ir tão longe... você´só usa para fins "recreativos"... para aliviar a pressão do dia-à-dia... e ouve, em primeira mão, que a venda e o uso da maconha será legalizado, no Brasil. Qual é a sua primeira reação?

Agora, você é um pai ou uma mãe careta, sabe dos riscos do uso contínuo da maconha, tanto os físicos quanto os psicológicos, ouve que seus filhos adolescentes poderão comprar um maço de Cannabis ali, na padaria da esquina.

Numa terceira situação, você é o Jorginho Ribeirão, traficante carioca, dono do morro e das maiores bocas da cidade, se não, do estado fluminense. Ouve que seu produto principal, vendido ilicitamente, séra disponibilizado ao mercado consumidor por preços módicos e arrecadando impostos para a Únião. O que você faria? (peraí, essa é fácil!)

Último papel: você é o presidente do Brasil, com o governador do Rio de Janeiro no seu gabinete, bradando aos sete ventos, se apoiando em números de pesquisas - de fontes questionáveis - que o principal financiador do crime na Cidade Maravilhosa é o usuário de maconha, que passa a consumir drogas mais pesadas a medida que o vício não pode ser mais saciado pela Cannabis, e drogas mais pesadas são drogas mais caras. O dinheiro do usuário paga o fuzil que mata. Você aprovaria a lei que tira a maconha da ilegalidade?

Mostrei apenas quatro pontos de vista e - creio - já deu pra sentir que a situação é delicada.

Sou moralista até certo ponto, confesso. E minha opinião é altamente tendenciosa! Mas, veja só...

Sob o ponto de vista individual, a legalização gera dois resultados possíveis: o usuário teria fácil acesso à maconha e os que se repreendiam - por medo de subir o morro ou algo assim - ingressariam as fileiras e o consumo dispararia. Aqueles que usavam módicas quantidades da substância poderiam viciar, já que o caminho à droga seria mais fácil e, portanto, mais frequente. O fato é, que para alguns, a ilegalidade da maconha é um inibidor, muitos jovens não arriscariam experimentar por medo. Se esse lacre se romper, o uso dispararia e não podemos nos esquecer que moramos no Brasil, onde tudo é desenfreado...

Quer uma opinião pessoal? num país em que casos de câncer pulmonar por conta de tabaco são alarmantes, legalizar outro tipo de cigarro é quere falir a saúde pública! "Ah! Mas os impostos arrecadados pela venda legal da maconha serão convertidos e investidos na saúde!" Faça-me o favor né! Impostos investidos no Brasil? Pra cima de mim não!
Já que falamos em imposto, saúde pública e Brasil, que tal falar do Estado?

Já disse que a legalizãção da maconha gera arrecadação de impostos - mal aplicados, ms gera. Mas talvez o ponto principal seja o seguinte: a maconha é a porta de entrada para o mundo underground das drogas. Comprada no morro, ela divide a prateleira com drogas mais pesadas e mais caras, como cocaína. Depois da maconha, o bicho pega, o vício é mais violento, é difícil largar e o limite para se saciar, praticamente, se perde.

Dentro da política "dos males, o menor", a legalização dificultaria o acesso às drogas mais pesadas, já que a "porta de entrada" não daria em lugar nenhum; isolaria o usuário a uma droga só! Possível, mas improvável...

E tirando o cargo chefe do comércio de drogas o poder de compra dos traficantes diminuiria e seu poder viria por terra - em teoria. Grande parte da paz voltaria a reinar no mundo dos mortais. Lembrando sempre que papel aceita tudo (até merda), na teoria tudo é lindo. Se a maconha for proibida, os traficantes colocaram outra droga no seu lugar para continuar a renda da organização.

O fato é que uma transição como essa não será fácil, rápida, nem indolor. Seria a mesma coisa que tornar o tabaco ilegal: milhares cairiam, milhares se dariam bem. A opinião pública é importante, mas, numa questão tão séria e profunda, o melhor a fazer é mantê-la longe da decisão final, pois, por ignorância, poderia escolher o caminho errado. Pelo menos, até que o assunto seja bem discutido.

Na minha opinião, o melhor é conscientizar o público do quanto o uso é prejudicial para o indivíduo e para a sociedade até que fumar maconha não seja mais "legal". Mas aí, eu seria utópico demais... o mundo jamais estará livre do vícios ilícitos...

Tudo que é proibido é mais gostoso...



***


Efeitos da Cannabis sativa: Sonolência, alterações na percepção, alucinações, dificuldades para concentração, compulsão, síndrome amotivacional, prejuízos de memória e atenção, conjuntivite crônica, relativa impotência sexual, insônia, taquicardia, sede e náuseas, boca seca.


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Júri, Juiz e Executor


Você gosta quando alguém decide alguma coisa por você? Sei lá, roupa que você vai vestir numa festa ou o que você vai comer no jantar? Como você se sentia, quando sua mãe colocava brocólis no seu prato, quando sua professora colocava você longe dos seus amiguinhos da escola? E quando seu pai te deixava de castigo? Enfim, quando invadiam seu livre arbítrio ou dilaceravam seu direito de escolha! Posso deduzir que você não ficava muito feliz. Ninguém gosta de ter a vida controlada, mesmo que depois você compreenda e aceite as circunstâncias, no começo você sempre se irrita - em via de regra...

E se sua mãe te matasse, enquanto você ainda estivesse no ventre dela, como você se sentiria? - ok, você não sentiria nada, além da provável dor do assassinato; a menos que exista vida antes do nascimento! aí, você se sentiria realmente furioso por ter seu direito à vida e à escolha jogados no lixo - literalmente, pq é isso q acontece com os fetos abortados!

Respostas piegas se amontoam! E a que apresentei é uma delas. "Destruir o direito à vida do feto", "o feto é um ser vivo a partir do encontro do espermatozóide com o óvulo", "O feto ainda não é um ser vivo até ter um sistema nervoso central, o que não qualifica assassinato", Deus, ciência, ética... nada disso vai resolver! A resposta não está nem na embriologia nem na religião!

Moralismos a parte, apoiar o aborto é apoiar a irresponsabilidade e a inconseqüência das pessoas.

Uma adolescente se divertiu pra valer no carnaval, fez sexo grupal até o meio-dia da quarta feira de cinzas com todo cara que achou pela frente. Nos esquecendo das prováveis DSTs que essa garota pegou, qual é o resultado mais provável dessa festinha movimentada? GRAVIDEZ! Esqueci de citar que ela é menor de idade e pobre, os pais são moralistas , caretas. Se souberem que ela engravidou, vão, no mínimo, cortar a cabeça dela! Mas agora não tem mais jeito! Depois de muito tempo, ela percebeu a gravidez e entrou em pânico. Qual a solução? Aborto! Sem saber que é o pai, ela juntou uma grana e pagou um "médico" que podia abortar. Depois de um procedimento duvidoso, ela se livrou do problema que ela mesma criou.

Uma adolescente ou até mesmo uma mulher adulta pode engravidar acidentalmente, mas isso não é motivo para desculpas! Sem dúvidas, uma mulher que paga um aborto tem grana para pagar um pacote de camisinhas - aliás, algumas dezenas! O aborto será um porta aberta para a irresponsabilidade de adolescentes, mulheres egoístas ou amantes descuidadas. Existem poucas vantagens na legalização do aborto: o procedimento seria padronizado e inspecionado, o que diminuiria os riscos de complicações pós-cirúrgicos. Mas pense por um momento. Caso o aborto seja legalizado e, posteriormente, disponibilizado pelo SUS, como não ficariam as filas? E todos conhecemos a eficácia do nosso sistema público de saúde: ele é falho e corruptível! Não atenderia corretamente as mulheres, nem antes, nem durante, nem depois do procedimento.

A legalização facilitará o acesso ao aborto e milhares de mães irresponsáveis correrão para a mesa de cirúrgia antes de, se quer, pensar na possibilidade de criar a criança! Será a falência de qualquer programa de controle de natalidade, pois é "mais fácil" abortar do que lembrar de usar camisinha.

Existem poucas situações nas quais eu acredito que o aborto possa ser permitido. Quando a mulher é estuprada e, como se não bastasse, engravidasse ou quando a gravidez coloca a saúde da mulher em risco e, realmente, não haja outra solução. Aí sim, a legalização do aborto, deve ser discutido! De resto, ou use camisinha ou arque com as conseqüências!

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

E O Homem Fez Deus A Sua Imagem e Semelhança...




Você acredita em Deus? É provável que sim, considerando que estamos no Brasil, um país super religioso... A grande maioria acredita, porque Deus é, e sempre será, a chave para entender fenômenos inexplicáveis.

Mas você já se perguntou quem é o seu Deus? Por que Ele existe? Qual é a história dEle? O que Ele é?

Calma, não estou propondo nenhuma reflexão trancedental. Só quero dizer que poucas pessoas questionam a "função social" de Deus. O que Deus é para nós enquanto sociedade.

A primeira coisa a se perceber é que Deus é apenas o personagem mais conhecido e mais velho na Hístória! Só Ele sabe qual foi sua primeira aparição cultural entre os mortais. Arrisco dizer que seu primeiro nome, traduzido para nossas língua seria "medo do desconhecido" ou "daquilo que não tem explicação". As formas primitivas de Deus explicavam aquilo que não podíamos.

Então, quando a coisa ficou mais complexa, Deus se tornou uma arma, um chicote. Durante essa fase, Ele possuiu diversos nomes e alguns perduram até hoje! Aquele que não obedecesse Sua vontade seria amplamente castigado! Muitas guerras e riquezas foram feitas assim, desde os egípcios até as colônias de além-mar.

Hoje em dia, Deus é apenas motivo de debate e discórdia. De um lado cientistas, do outro, religiosos; de um lado judeus, do outro, mulçumanos; de um lado, os católicos, do outro protestantes; de um lado puristas hipócritas e do outro, racionalistas cegos. Deus é uma direção ou motivo de piada. Benevolência ou ignorância.

É preciso dizer que este não é um texto herege! Não questiono Sua existência ou intenções. O fato é mostrar que Deus não apareceu na frente de alguém, estendeu-lhe a mão e cumprimentou: prazer, meu nome é Deus... tudo o que sabemos dEle nos foi contado por um mortal, assim como nós! Não dá nem pra dizer se a bíblia foi fruto de uma fofoca! toda a história de Deus é um incógnita! Sua figura foi, até o presente momento, uma mera ferramenta social; nas mãos de uns, Ele é a coesão e a orientação, nas de outros, de divisão e deboche. Mas Ele nunca veio aqui e disse: sou assim! Se bem que dá pra afirmar isso, com certeza ! Filosofias e religiões a parte, sabemos menos de Deus do que pensamos...

Tudo o que sabemos foi manipulado para nos manipular... Deus é (no mínimo) um martelo nas mãos de um marceneiro, só isso.

Pelo menos, até que se prove o contrário...



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Campanha: Banalize Já!!!


A palavra de ordem hoje é: balalizar!

Vamos banalizar o sexo! O sexo deixou de ser algo íntimo para se tornar uma competição de competência! Quem trepa mais, quem come mais, quem dá mais, quem tem o peito, a bunda ou pau maiores! O sexo deixou de ser algo importante para ser o hit do verão, o funk não me deixa mentir! O sexo deixou de ser coisa de adulto e caiu na boca das criancinhas e todo mundo acha lindo! O sexo deixou de ser privado para se público! BANALIZADO!!!

Vamos banalizar a educação e o conhecimento! Quem sabe muito é excluído e quem sabe pouco é excluído também! Debates são chatos, programas inteligentes são chatos, pessoas inteligentes são chatas! Deixemos crianças, jovens e adultos analfabetos; deixemos apenas infra-estruturas sucateadas de algum ferro-velho e Big Brothers para diminuir-lhes o senso crítico! Um "viva!" para a mediocridade e mente pequena! BANALIZADO!!!

Vamos balanalizar a violência! Balas perdidas, guerra urbana, guerra fria, guerra quente, bombas, armas, games, filmes, tele-jornais, fome, miséria e sangue! E tudo isso no horário nobre e na internet; empresas fomentam adolescentes psicopatas com jogos sangrentos e choramos chacinas em colégios, enquanto traficantes alistam pivetes para a morte! Quando ouço falar em assalto e conflito árabe-israelense, apenas respondo: de novo? BANALIZADO!!!

Vamos banalizar a política no Brasil! Ministros, senadores deputados e afins usam dinheiro público para benefício próprio e o eleitorado se mantem quieto! Quem cala, consente... Temos um processo eleitoral invejável e governantes repulsivos! Rimos da própria tragédia, xingamos o filho da p*** na fila do SUS, mas discutir, debater, sentar e analisar política ninguém quer porque é chato! Dinheiro na cueca?... bem... mais do que banalizado, né?...

Vamos banalizar a banalização! Porque este já é um assunto batido...

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O que seria a vida sem os amigos?...

Comentando certas coisas comum amigo meu, um dia desses, acabei confessando que andei descobrindo alguns hábitos que não tinha a bem pouco tempo. Ele me respondeu que descobrir coisas a nosso respeito é sempre bom. E eu concordo. Nada como descobrir nós mesmos...

Bem, numa aula, a segunda do primeiro dia, cuja matéria é Evolução do Pensamento Administrativo (ou algo muito próximo a isso), que elucida (palavra linda... "elucida"...) como surgiu a ciência da administração. E a frase de ordem da noite foi: administrar é um fenômeno tão comum que acontece em nossa vida pessoal o tempo todo! O bom administrador de empresas é um bom administrador de sua vida pessoal! Não foram exatamente essas palavras, mas a relação é essa!

Eu, com o corpo pinicando de tão suado e com a bunda quadrada de tanto ficar sentado, precisava fazer uma piadinha pra descontrair; cutuquei minha amiga pelo ombroe disse: então eu vou ser um péssimo administrador!

Apesar do jeito simpático, do sorriso sincero e estar realmente feliz, não dá pra negar, minha vida é um verdadeiro caos administrativo! não tenho horários, não tenho objetivos bem delineados, não tenho metas, não tenho prazos e, principalmente, falta execução dos projetos! Foi isso que quis dizer com a piadinha, mas é verdade! Ou, pelo menos, era...

Refleti um pouquinho mais e, talvez, as coisas não estejam tão caóticas . Qualquer um que olhe para minha vida pode achar que não cuido da minha vida, que estou perdendo tempo, que jogo papo pro ar, que só quero saber de sombra e água fresca, mas não é bem assim, não!

Metas eu tenho: fazer um portifólio com meus textos e ver se consigo escrever para algum jornal local, começar uma carreira, para então alcançar meu real objetivo que é me tornar um escritor renomado. Já estou colhendo material, escrevendo bons textos (pelo menos é o que estão dizendo) e guardando-os (na verdade, salvando-os nesse blog) e já estou criando um certo publico (modesto, muuuuuuuuuuuuuito modesto). Só me faltam os horários e os prazos, que realmente me faltam porque nunca fui disciplinado suficientemente para isso!

O que as pessoas as vezes não percebem é que só estou tentando trilhar um caminho excêntrico, incomum. Não tenho vontade de me formar em nada! nem administração, nem turismo, nem letras, nem o caralho-a-quatro! Quero ser escritor e não preciso de faculdade para ser escritor! Estou fazendo meu caminho a meu modo, aos poucos, mas estou! E aos poucos vou conseguir o que realmente quero: ser escritor!
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vrum!!!


Não sei. Pensando bem, seria cômico. Seria, se não fosse trágico...

Depois de uma crise esquisita de insônia, liguei a TV e vi, no Bom Dia Brasil, imagens, no mínimo, chocantes: num posto de gasolina, um carro estacionado ao lado de uma bomba, dois frentistas - um abastecendo o carro estacionado e o outro, indo em direção às bombas do outro lado. Quando, de repente, um segundo carro surge e atropela o frentista que atravessava o posto, antes de bater, violentamente, no primeiro automóvel! E, como se não bastasse, o carro desgovernado continuou acelerando forte, mas como estava agarrado ao primeiro carro, não saiu do lugar e os pneus soltaram tanta fumaça que o local quase sumiu da tela.

Obviamente, algo assim só pode ser um acidente, mas a primeira impressão que tive era que o motorista perdeu o controle, o carro deu algum defeito... fatalidade...

Não sei porque fui tão ingênuo... o motorista do segundo carro era um moleque, estudante de direito e - pela velocidade que o soltaram, depois de um teste toxicológico e prestar depoimento. nem o prenderam! - um playboy de classe média alta, drogado! E, não surpreendemente, havia drogas no carro; meia-dúzia de frascos de lança-perfume - confesso que esperava cocaína, o lança-perfumes foi quase como um anti-climax...

O frentista atropelado está internado em estado grave e o playboy voltou para casa, com tempo de sobra pra fugir antes de ser indiciado.

Impunidade por conta do status social à parte, o fato é que as coisas vão de mal a pior! A recente lei que proibe a venda de bebidas alcoólicas à beira das estradas está tão desacreditada quanto o papai noel, a cegonha e o coelhinho da páscoa juntos!!! Ontem, no Jornal do SBT Manhã, vi como ficou um carro batido num acidente. Era como ver um pedaço de papel amassado. No carro estavam cinco amigas e um engradado de cerveja!!!

Se for feita uma pesquisa mais profunda, coisas piores aparecerão!

Sei que até agora só chovi no molhado. Não contei nenhuma novidade. Mas não adianta nada proibir a venda de álcool em regiões de rodovias, a menos que se proiba TOTALMENTE a venda, em qualquer lugar!!! E, convenhamos, nada seria mais utópico e ineficaz...

O problema não é o álcool! É a irresponsabilidade generalizada que afeta o Brasil! Irresponsabilidade, inconsequência e impunidade!

Ah! Me permitem uma piadinha? Só pra descontrair um pouquinho...

Há pouco mais de um mês, um amigo meu, andando de moto pelo Rio de Janeiro, sem capacete e de chinelos, foi parado numa blits. Como a moto era emprestada, meu amigo chamou o dono e quando ele chegou, o policial pediu um cafezinho. Não, não é gíria! Pediu dinheiro prum cafezinho! Como não tinha trocado, o dono da moto deu dois vales transportes!!! E o policial "aliviou"!!!!

Eu não disse que era piada? Eu menti! Mas gostaria que fosse mesmo!

Eu creio que multas sejam bem aplicadas e bem recolhidas, mas parece claro que isso não intimida mais ninguém! Estamos cagando e andando! Só nos tocamos da multa quando ela chega! Enquanto isso, tocamos o foda-se! Os motoristas se acham acima do bem e do mal, super-homens no volante, speed racers do cotidiano. Assassinos e suicidas motorizados. Tudo por causa da glorificação do motor a combustão, o ronco do motor, o prazer que só 200km/h podem proporcionar!

Engraçado que o cigarro também foi muito glorificado e é um dos maiores causadores de morte por ano no mundo... as políticas antitabagismo são inumeras e furiosas. não sei ao certo, mas parece haver algum resultado... será necessário uma política "ante-voltante" para diminuirmos o número de acidentes??

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Unidade Comum Não Produtiva

Sou um cara comum. Sou um cara muito comum! Muito mesmo! Não me destaco, não sou excepcional em nada! Fazer administração tem me dado noção do quanto eu sou medíocre e o quanto isso é ruim!

Hoje em dia, para se viver nesse mundo globalizado, competitivo e - acima de tudo - produtivo, é necessário ser diferente! E mais comum do que eu... acho meio impossível! É preciso ser inovador, ser visionário, ter iniciativa, ter liderança, perspicácia, simpatia, beleza, raciocínio rápido, reação rápida, auto-confiança, coração frio e calculista! Ou seja, é preciso ser quase um deus onipotente, onipresente e onisciente! Ou, numa comparação mais modesta, um malabarista do tempo e do espaço... as coisas não têm fim e aceleram cada vez mais! não existe tempo para respirar! ou você continua o fluxo de movimento ou fica para trás, perece. E eu, na minha normalidade absurda não tenho saco pra fica me "aperfeiçoando" pro mercado de trabalho. Aliás, pra não sair dele!

O que há de errado em ter uma vida pacata, em que você só faz aquilo que quer, porque quer, quando quer, como quer??? Qual o problema desse mundo desenfreado, em que a busca por estar acima do outro , seja de que forma for, figurativa, literal, economica, cientifica, politica e absolutamente falando????

Resposta curta e direta, que aliás já até falei: produção! Fala-se muito em automatização da indústria, fábricas robotizadas, casas robotizadas! tudo robotizado! e fala-se sobre isso recentemente (leia-se: segunda metade do século passado; o que é bem recente se pensarmos em quanto tempo a indústria já existe...)

O que não se percebe é que as pessoas já foram automatizadas a muito tempo! Ninguém mais vive nesse mundo! Ninguém vive! Apenas funcionamos, produzimos! Daqui a algum tempo não vamos mais nem falar em morte ou doença! vamos falar em prazo de validade, fim da vida útil, desgaste, defeito de fábrica, componente defeituoso!

Existe uma espécie de movimento nas empresas para "humanizar" o ambiente de trabalho! salas de soneca, confraternizção com as famílias dos funcionários, flexibilidade de horários, dinâmicas de grupo para melhorar ambiente de trabalho... enfim... uma série de coisas para diminuir o impacto do trabalho sobre o funcionário! Ah!! mto bom! melhor qualidade na hora de trabalhar! Não estou denunciando nada, mas é lógico que tudo isso é apenas para aumentar a produtividade do funcionário! PRODUÇÃO!

Desde crianças somos condicionados a isso! "O que você vai ser quando crescer?" Já somos impulsionados a escolher uma função produtiva dentro da sociedade quando nem bem entendemos de nada! E a escalada segue! Passam-se os anos primários, o ginásio e a coisa começa a apertar, já começa a se falar em faculdade. então vem o ensino médio e (pasmem!) aos dezessete anos já temos que escolher qual caminho produtivo devemos seguir quando, na verdade, bem lá no fundo, até do mais nerd dos nerds, queremos mesmo é aproveitar a vida! Devemos, no entanto, aproveitar o tempo e esquecer a vida pra lá! Ingressar numa faculdade, por que sem um diploma de curso superior é praticamente impossível arrumar um emprego (produzir). Mas ai, você chega feliz e contente na faculdade e acredita que só aquilo já basta! Tadinho... engano seu! Até mesmo antes de escolher seu curso superior você já sabe que não é suficiente! Que depois de longos e exaustivos quatro anos você terá que rebolar pra fazer uma pós-graduação, um mestrado, um doutorado, um PÓS-DOUTORADO!!!! E Deus nos ajude se houver algo depois disso!

Por isso, fazer administração tem me revelado o quanto sou comum em minha mediocridade. Sem qualidades adicionais, não tenho chance! Não tenho pique para aguentar tudo isso, não sou excepcional para sobreviver nesse mundo por muito tempo e, sinceramente, nem quero! Não quero fazer parte dessa roda que prende as pessoas as vontades alheias. Não me fale em bem maior, em comunidade, em sociedade! Bullshit! Esse desespero por produzir só está a consumindo aos poucos. Alguns tentam amenizar a situação, abafar, tampar o sol com a peneira, mas a verdade é que a tendência desse sistema de produção é falir por desrespeitar o compasso da humanidade. A exigência absurda que cai sobre os ombros do homem, só fará esmagá-lo. Primeiro individual, depois, coletivamente.
Resumo da ópera. Estou fadado ao fracasso... Num mundo como esse, sou tudo o que não se deve ser e não sou o que deveria! Questiono, mas não faço; ao passo que deveria fazer, mas - jamais - questionar!

Ps.: Comentários do tipo "esse cara é um preguiçoso, aposto que queria ficar o dia inteiro na mamata, consumindo o dinheiro dos outros, só quer saber de sombra e água fresca!! vão aparecer! No fundo, minha vontade é essa mesma (e de qm não é´?) mas tenho ciência de que um dia, ficar sem fazer nada, me cansará profundamente! Mas, minha situação produtiva a parte; você não acha que o mundo não está exagerando um pouquinho não? :p

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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Perdi Minhas Asas! Mas Quem Não Perdeu?...


Acho que já desisti de muita coisa na minha vida. Com certeza já!

Aliás, conheço poucas pessoas que se agarraram àquilo que realmente queriam ou acreditavam e concluíram seus intentos!

Quem olha para qm eu era a oito anos atrás e olha hoje, mal poderia acreditar na diferença brusca de metas. Eu queria ser egptólogo, ir para na frança, estudar, e depois caçar tesouros no Egito (parece q nem 70% de todo o tesouro antigo foi descoberto ainda =p). E, hoje, mal pretendo ser administrador de empresas...

Tá que parar no Egito pode ser um sonho muito alto! Mas já vi metas mais simples que não foram levadas a sério: tenho uma amiga que gostaria de ser veterinária e nunca vi alguém ter mais empatia com bichos do que ela. Lembro que ia fazer oceanografia no Rio também, por adorar a vida marinha. Hoje, faz economia. E vai parar para fazer administração, se não estou muito enganado... e assim as coisas continuam...

Mas essa questão tem dois pontos. Um positivo e outro negativo (não... issu não é uma bateria química! ... de onde eu tiro tantas ideias bizarras?...)

O negativo (que eu geralmente prefiro abordar, já q não temos que mudar o lado positivo) é que as pessoas tem desistido por preguiça, comodismo, conformismo, covardia. Elas (inclusive eu) não têm forças para realizar aquilo que sonharam, perseguir aquilo que queriam. Abaixam a cabeça para as circunstâncias. Ou, na pior das hipóteses, se vendem! "Ah! aquele emprego tem melhor renda do que o q eu sonho. Tem mais prestígio, tem mais abertura no mercado..." E a satisfação pessoal? Eu sou da filosofia que dinheiro tráz felicidade, sim! mas não adianta entrar num emprego que pague bem, mas que você não vai se sentir realizado. E qual é a possibilidade de você ter sonhado fazer veterinária e, por ocasião do destino (ou do mercado) ter carteira assinada por um escritório de contabilidade???? A possibilidade existe, mas é mínima!

Minha visão é um pouco utópica, reconheço! mas não seria muito melhor se nos apegassemos mais aos nossos sonhos, e deixássemos um pouco de lado o que querem de nós...

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Inevitável... sob diversos aspectos...


Eu sempre tive uma mania muito feia!
Na verdade, não chega a ser uma mania e também não sei se chega a ser feia. Bem, vou me explicar...

Desde criança, eu acordava mais cedo e ficava quietinho na minha cama e, às vezes, acabava ouvindo as conversas dos meus pais. De vez enquando, falavam de mim, falavam dele, falavam de outros assuntos. Quando falavam de mim e eu não podia escutar direito ficava muito puto da vida - aliás, foi numa dessas conversas que acabei por descobrir o quanto meu pai confiava nas minhas capacidades intelectuais! Mas não é esse o assunto de hoje...

Hoje de manhã, algo semelhante aconteceu. Entre os meus intervalos de sono, semi-consciência e alerta, ouvi a metade de uma conversa da minha mãe (talvez) perguntando sobre a saúde do meu pai. Ele (talvez) a respondeu que estava tudo certo, falando que sua coagulação estava correta (talvez eu esteja errado, mas acho q foi isso que ouvi), o único problema era o coração, que estava fraco e bombeando pouco sangue. Creio que a conversa tenha surgido da crise de pressão baixa que meu pai teve na sexta feira, que chegou cedo (muito mais cedo que o normal) reclamando de dor de cabeça, enjoo e fraqueza. Sintomas de pressão baixa...

Então, deitado na minha cama, em posição fetal, abraçado ao edredon embolado entre as pernas e os braços, uma idéias passou pela minha cabeça. Sabe aqueles lapsos que às vezes temos, como se o futuro se revelasse para nós num instante? Quase como uma premonição! Aconteceu comigo. Como descrevi antes, ali, deitado na minha cama, vislumbrei o (provável) futuro do meu pai: ele vai morrer do coração...

Quem me conhece, sabe que minha minha relação com meu pai é um tanto conflituosa. Desde muito cedo, eu tento me manter o mais longe possível, por diversas razões. Existem momentos em que experimentamos um intervalo de trégua, nós nos respeitamos, mas não creio que seja como pai e filho. Os motivos dessa briga são vários. O fato é que nós nunca fomos muito chegados um ao outro (ou, pelo menos, eu nunca fui muito chegado a ele...).

Mas vislumbrando aquela possibilidade, meu coração ficou apertado. Já tinha pensado em como seria a morte de outros parentes queridos como minha mãe, minha tia ou até meus primos e, realmente, não me senti tão apreensivo quanto senti ao considerar a morte do meu pai. A morte pra mim sempre foi uma passagem normal da vida, uma etapa necessária e nem os mistérios que estão por trás dela me causam tanto temor quanto para as pessoas. Já perdi minha avó materna e outras pessoas próximas já passaram desta para uma melhor e nunca me abalei. Houve uma pessoa, especialmente próxima, que, quando morreu, eu cheguei até a fazer uma piadinha. Não sobre morta, mas sobre certa ocasião que a envolvia. Olha o nível de frieza!

O que queria dizer é que a morte nunca me causou pavor (a não ser a minha própria...). Medo de perder um ente querido, um parente. Talvez o meu envolvimento com o espiritismo tenha me explicado que a morte não é o último ponto final. É apenas uma passagem para um novo parágrafo.

Meu pai não está moribundo. Sua saúde ainda está boa, e minhas expectativas são de que ele viva mais uns vinte ou trinta anos (mais até do que eu espero pra mim mesmo). No entanto, vislumbar a morte do meu pai foi estranho... ainda mais reconhecendo o (provável) motivo de sua morte. Acho que nunca pensei que meu pai fosse morrer. Minha relação com ele (por mais perturbada que possa ser) sempre foi uma das constantes da minha vida, se não, a única!

Até então, meu pai era imortal...

Não como os filhos, em geral, vêem os pais; como super-herói ou ídolos, mas mais como um fantasma, sempre me assombrando, me cobrando, atormentando, mas sempre ali... e no fim das contas, ele é meu pai! Tenho lá minha dose de carinho por ele, mesmo que enterrada por quilo e mais quilos de conflitos! E a morte dele me deixou apreensivo, agora. Não a ponto de querer reaver minha relação com ele. Acredito que somos melhores isolados um do outro, mas mesmo assim sua morte me deixou apreensivo (sim, eu adoro repetir pensamentos...)

Texto confuso esse... queria escrever algo menos pessoal e com algum tipo de "moral da história". Um texto mais crítico do que desabafo... mas considerando que estou falando de morte, pais e premonições, deve ser inevitável ser emocional/passional e, portanto, toda crítica séria vai para o espaço...

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Será que ele é???


Vou pegar pesado logo de cara!

Por que o homossexualismo nos incomoda tanto? Por que a simples idéia de duas pessoas do mesmo sexo se relacionando afetiva ou sexualmente nos parece tão repugnante? É amplamente sabido que a raiva é um subproduto do medo, que, por sua vez, é um produto da ignorância. "Os homens temem aquilo que não compreendem", ouvi uma vez; e arrisco dizer que nunca ouvi máxima mais correta.

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Antes de levar esse assunto a diante, quero dizer que tratarei todas as classes dos gays como homossexuais (sejam, homo, bi, trans, pan ou o "caraleo-a-quatro-sexuais"...)

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Mas há o que entender? Você tenta entender os sentimentos de duas pessoas heterossexuais? Quando você vê uma garota e um garoto de mãos dadas, você acha estranho? óbvio que não!!! Então a pergunta é a seguinte: será que os sentimentos que dois sacudos sentem um pelo outro pode ser tão diferente assim? Será que um homem não pode sentir o mesmo que Romeu sentiu por Julieta, um amor que enfrenta tudo, um amor que muda as pessoas internamente, que as valoriza, que as sublima e trancende? Tais sentimentos são para serem entendidos? Será que o amor que devemos sentir é apenas o amor genético, nos cromossomos XX e XY?? Devemos mesmo nos resumir a substâncias, a regras pré-estabelecidas (supostamente) pela natureza? A regras estabelecidas pela ignorância e por seus subprodutos raiva e medo?

Não tente me dizer que um amor HxH é antinatural! A comunidade científica já sabe que os animais da natureza também se aproximam e estabelecem vínculos e parcerias entre semelhantes do mesmo sexo, até mais duradouras do que as relações com outro do sexo oposto. Tira-se, além da conclusão óbvio sobre o homossexualismo, nem entre os animais o sexo é apenas para procriação. Antes de tudo ele requer prazer! mas esse não é o assunto em pauta!!!

Não me diga que o amor entre MxM é anti-ético, imoral ou indescente! não preciso citar referências científicas para dizer que o carácter de uma pessoa não é definido pelos seus cromossomos sexuais! você, que lê esse texto, já deve ter visto que existem homens e mulheres - héretos - que são moralmente incorretas, independentemente de seus parceiros! E se vier me falar que é heresia, posso te responder de quatro formas:

* Primeira: o sexo já foi muito mistificado, condenado e o caralho a quatro pela Igreja e pelas religiões de um modo geral; hoje existe uma liberação sexual muito forte, longe de culpas e complexos!

* Segunda: a Inquisição também considerou muitas práticas antigas - principalmente linhas de conhecimento contrários ao que ela estabelecia - como heresia e queimou muitas pessoas inocentes apenas por não estarem dentro do padrão que os bispos pretendiam para seu "rebanho"...

* Terceira: será que Deus realmente liga para o sexo do nosso amor, considerando que nossos "instrumentos" são apenas carnais e que no reino do céu não somos corpo e sim espírito...

* Quarta: heresia só se comete se existir Deus, alma, e Céu... se nada disso existir, então não há pecado, certo?...

Não posso esquecer do último absurdo que li por aí! Homossexualismo é doença, distúrbio psicológico! Se vocês me permitem um comentário pessoal, o imbecil que disse uma coisa dessas merece ser internado ou preso! cheguei a ler que tem alguém querendo propôr tratamento para homossexuais!!! não dá pra saber onde o mundo vai parar desse jeito. Doença é toda disfunção orgância que causa alguma forma debilidade ou prejuízo para o indivíduo - especificidades a parte, doença é tudo aquilo que deixa você "de cama". Acho que não preciso desmontar esse argumento, não é mesmo? As únicas doenças que um homossexual pode ter, por causa da pratica sexual, são as mesmas que qualquer outro mortal!!! Distúrbio psicológico? tenha dó! Se uma pessoa, que não "saiu do armário" ainda, fizer um teste psicológico, ficará provado que ela não tem nada de maluca ou perturbada. Não estou dizendo que os homos têm uma mente perfeita, só quero explicar que eles estão sujeitos aos mesmo traumas e doenças que os heterossexuais! Talvez, o único risco que corram, seja a rejeição e a fobia que os outros têm deles. Mas até os héteros correm esse risco. não pelos mesmos motivos, mas quem não sofre com o preconceito, seja por classe social, cor de pele, escolha religiosa, gosto musical...? poucos se salvam do preconceito.

O problema do homossexualismo não é o homossexual, mas sim os héteros ignorantes e dos "companheiros de causa" que não assumem para si mesmo o que são. O senso comum, espalhado por milênios de repressão sexual (de várias formas), é a principal arma contra a liberdade que nos é concedida em lei e o nosso livre árbitrio concedido por Deus.

E, realmente, não acho que Ele seria frio a ponto de castigar uma pessoa que seja capaz de amar, a maior dádiva que Ele nos deu... mesmo que seja amar uma pessoa do mesmo sexo. ainda mais num mundo tão vazio de sentimentos verdadeiros...

A verdade é que mesmo que não se goste da escolha de alguém, julgá-la e denegrir a idéia q se tem dela, avaliando apenas seus parceiros é um erro... muito se diz: "não julgue o livro pela capa", mas pouco se faz...

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Insônia

insônia é uma palavra muito pesada para o que prentendo escrever... mas serve bem ao seu propósito...

hoje acordei a mil por hora! as idéias batiam no meu cérebro com doses cavalares de cafeína na veia. me veio de tudo na cabeça, milhões de assuntos, tardios, recentes e, principalmente, espinhosos. tenho uma tendência a gostar desses assuntos. acho que é uma reação a aparente apatia que assola a vida. Muito estranha essa fixação por querer assustar e provocar debates. olhar o outro lado das coisas...

as ideias me acordaram hoje...
espero que não deixem vocês dormirem

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O sangue sempre fala...


Pois é... o sangue sempre fala...

Nossa relação com nossos pais é muito estranha. Uma hora tudo o que mais queremos é ficar o mais distante possível deles; na outra, queremos o afago e o carinho que só eles podem nos dar (ou assim eles querem que acreditemos...). As cobranças irritantes, as imensas listas de tarefas do dia, faça isso, faça aquilo, faça aquilo outro! Tudo ao mesmo tempo e na maior velocidade possível!!!

O sangue sempre fala... Ele fala quando sua raiva precisa ser apaziguada. Fala quando sua raiva quer ser extravassada. Ele fala quando o egoísmo de nossos genitores berra por suas vontades e sonhos descabidos, frustrados e particulares. O sangue fala ao ferver, nas veias naquela discussão irracional sobre algo que você devia ter feito, mas não fez; seja por irresponsabilidade, seja por vontade própria, seja por pura insatisfação de seus egos paternos!

Por algum motivo ainda desconhecido da ciência de nossos sentimentos de filhos, eles ignoram nossos intentos como um rolo compressor e a (suposta) compreensão deles se evapora. Gritos, histeria, choros, ofensas, chantagens, explicações, argumentações, gritos, histeria e choro... o cenário raramente foge a esse padrão... então você já pode ir preparado para se perguntar mais uma vez: onde foi parar aquele amor incondicional que nossos pais dizem nutrir por nós? Justamente, "aquele amor" que você queria para ser entendido, para enfrentar uma problema, para superar uma situação... ou simplesmente para deixá-los a par do que acontece em sua monótona vida? Sumiu? Nunca existiu? Ou será que ele não é incondicional? Existem condições para nossos pais nos amarem? Para nos entenderem?

E quais são essas condições? Temos que ser feitos a imagem e semelhança deles? Temos que nos engolir para satisfazê-los? Temos que ser nós mesmos? Temos que fazer o bem acima de todas as coisas? Dizer apenas a verdade, nada mais que a verdade? Escolher nosso próprio destino, ou o próprio destino deles? Individualidade? Altruísmo? Compaixão? Babaquice? Corremos o risco de ir para o inferno por sermos como somos ('honrarás pai e mãe") ou trilhamos em direção à nossa própria vida?

No fim das contas? o sangue sempre fala...

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