sexta-feira, 27 de junho de 2008

O Que Houve?

Pois é? O que houve?


A Coréia do Norte se prontificou a desmontar suas usinas nucleares que enriqueciam plutônio para armas nucleares! Confesso que estou decepcionado. Dentro todas as ditaduras que existiam a da Coréia era a mais simbólica, a única que incomodava e deixava o mundo em equilíbrio. Nossa política (leia-se: política mundial) é delicada e e ínstável, ainda mais sobre e iminênica de uma guerra nuclear. Agora que a Coréia está entregando todos os detalhes de seu programa nuclear pra China (a mais nova prostituta do capitalismo) vai começar uma nova era de tirania política. Como? Simples. A mesma dinâmica da guerra fria. URSS e EUA tinha equilibrado seus poderes, era as duas potências mundiais, isso todo mundo sabe. Contudo, o equilibrio de seu poder era baseado no seu poder bélico. Com o passar do tempo, a URSS perdeu poder político e seu exercito ficou sucateado. Então, os EUA venceram a Guerra Fria.
A Coréia do Norte e O Irã são as últimas barreiras políticas antes do domínio americano completo - óbvio que sempre haverá Osama Bin Laden pra nos proteger. Há quem diga que isso é bom, afinal um vilão da política internacional estaria perdendo seu poder de fogo e viria a ser uma democrasia, tiraria pessoa da miséria... blá blá blá... ok, q bom pros norte-coreanos, possívelmente voltaremos a ter uma Coréia e muitas familias se reencontrarão, já que o fim dos embargos seriam o começo do caminho em direção à paz. Mas e a oposição? Como falei antes, o equilíbrio será rompido. Não haverá mais nada que segure os EUA. Se a Coréia ceder, todos os opositores americanos abaixarão a cabeça. Não haverá poder de barganha. A única coisa que eles temerão serão os terrorista, que não respondem por estado algum, são lunáticos absolutistas.
Coréia sem programa nuclear; logo ninguém mais terá. E quem nos protegerá deles?...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Homem Na Jaula

Estou me entregando a um novo projeto. Talvez o maior da minha vida e mais desafiador com toda certeza. E mesmo assim é por motivos de um covarde. É, estou confuso hoje. Essa foi mais uma noite em claro, estou um pouco eufórico e com os joelhos doendo por estar desde as onze da noite até agora (8:14) sentado na frente do computador. Óbvio que isso foi uma escolha deliberada, então, não tenho muito o direito de reclamar. Enfim...

Ainda não falei da minha nova meta de vida, falei? Não, não falei (nossa que vontade de escrever tudo isso em inglês! Sono + cérebro bilíngüe = Igo falando asneiras em uma língua que ele mal compreende. É que ando vendo muito House, M.D. legendado).

Meu novo projeto de vida é provar, pra mim mesmo, que Deus não existe.

Obs.: qualquer menção a Deus, não significa apenas ao criador, mas sim à religião, à fé, à crença profunda em qualquer coisa que transcenda o mundo material.

Oooooooh!

É sério! E vou seguir um princípio básico que deve ter um nome legal em qualquer matéria de Metodologia de Pesquisa Cientifica (ou similares). Minha linha de raciocínio se baseia em dois fatos simples: existem centenas (se não milhares) de religiões ao redor do mundo que acreditam em diversas coisas, diversos deuses, diversos rituais. Como pode haver um Dues, se cada povo acredita em um diferente? Podemos partir da premissa que várias pessoas acreditavam que a matéria era composta por Água, Fogo, Ar e Terra e outras pessoas acreditavam em Prótons, Nêutrons e Elétrons. Ou seja, só porque pessoas acreditam em coisas diferentes não significa que uma dessas coisas não existam. Eu posso acreditar em Maomé e você, no Senhor, e isso não exclui, necessariamente, a existência de um, de outro, ou dos dois. No entanto, antigas religiões orientais simplesmente não acreditavam em deus algum. Acreditavam no culto aos ancestrais, em boa sorte e demônios. É difícil dizer, mas sua medicina se baseava em fatos científicos (apenas a observação, logicamente), diferente das culturas dos índios americanos, que mesmo adotando eficientes remédios da natureza, na maioria das vezes, atribuíam a cura a entidades e espíritos em rituais xamãs.

Nós acreditamos em um Deus, os árabes acreditam em outro, judeus em outro, e orientais em nenhum! E tenho que dizer que eles vivem muito bem com sua consciência e moral muito bem estabelecidas (aliás, na minha opinião, muito melhor do que a de nós, teocráticos...). E sempre haverá os bons e inveterados ateus, que também vivem muito bem, obrigado. Se tantas culturas acreditam em tantos deuses diferentes e uma não acredita em nada, podemos presumir que os ateístas ganham, já que, probabilisticamente falando, sua chances são maiores de estar certo. É complicado expressar isso aqui em uma fórmula matemática, até porque a lógica é só minha. Vou tentar explicar.

Num universo de apenas três possibilidades de existência (Deus X, Deus Y e Nenhum Deus), e confrontando cada cultura com o numero de resultados possíveis, encontraríamos seria Deus X ou Deus Y ou Nenhum Deus. Se acrescentarmos os Deus Z, então teremos apenas mais um item como resultado, restando assim: 1 Deus X, 1 Deus Y, 1 Deus Z E 1 Nenhum Deus. Quando acrescentamos os ateus, a possibilidade de nenhum deus existir sobe. Ou seja. 1 Deus X, 1 Deus Y, 1 Deus Z e 2 Nenhum Deus. Probabilisticamente falando, não existe nenhum deus. Confuso? Eu também achei, mas estou conseguindo compreender meu próprio raciocínio - acredite, isso é raro!

E por que estou fazendo isso? Por que, ao contrário do que a maioria pensa, a existência de Deus não alivia nossa existência. Pelo contrário, só coloca peso nela. Porque, em dado momento da nossa vida, somos impelidos a fazer algo ou impedidos de fazê-lo, não por nossa própria segurança, mas por termos medo do que “Deus fará”. Deus não nos conforta, Deus nos acua. (Algum fanático religiosos poderia dizer que Deus nos protege de nós mesmo, mas afinal de contas, foi Ele quem nos fez! Por que não nos fez com um instinto de auto-preservação?).

Deus é o cara que nos impõe limites morais. Deus é nossa jaula. Ele nos controla. E, as vezes que rezamos, não é pra ele, e sim pra algo que nós queremos que exista. Por que quando tudo mais escapa é mais fácil pedir ajuda a alguém que (supostamente) pode tudo. Porque quanto tudo dá errado nas nossas vidas, é mais fácil culpar alguém que não se vê e que você nem tem exata certeza que existe. Deus é nosso alter ego. Por que é mais fácil admitir que o Universo segue as regras de alguém, mesmo que não saibamos quem é, mas segue às regras de alguém! Se o Universo segue regras, mas essas regras não são de ninguém, então... não são regras confiáveis. Não dá pra confiar em “ninguém”... Você confia em “alguém”, talvez você não tenha visto jamais esse “alguém”, mas é melhor confiar num desconhecido do que em “ninguém”. Deus existe para aplacar nosso medo. Porque temos a maldita mania de achar que somos mais do que sinapses nervosas e Ácido Desoxirribonucléico! Acreditamos em Deus porque queremos mais! Queremos ser mais! Deus não é nossa salvação! Pelo menos não espiritualmente falando... Deus é a salvação de nossos egos. A imagem de um deus nos impele a querer ser sempre mais do que somos, assim como o super-man ou o homem-aranha. Deus é nosso herói de quadrinhos. Just it!

Você sabe porque algumas pessoas preferiam acreditar em Água, Fogo, Ar e Terra ao invés de acreditar em prótons, elétrons e nêutrons? Porque não é possível ver partículas sub-atômicas a olho nu. No entanto, hoje sabemos que os prótons e nêutrons ainda podem ser divididos em partículas ainda menores. Ver aquilo que é achávamos que era invisível se tornou fácil pra nós. Então, temos a necessidade de olhar para aquilo que temos certeza que não vamos ver: aquilo que está dentro de nossos pensamentos, apenas para manter deus na nossa fantasia.

domingo, 8 de junho de 2008

Complexos Complexos

Estou confuso. O que não chega a ser, exatamente, uma novidade... A única diferença na nova crise é que me descobri traindo alguns dos meus mais profundos conceitos, minhas mais profundas diretrizes, minhas mais profundas linhas de conduta... Ok, isso também não chega a ser uma novidade...

O fato é: estou confuso! Confuso com o mundo que tem habitado minha cabeça nos últimos dias! Estou irritadiço, estressado, impaciente. Mascaro minha dor e angustia com pseudo-problemas, apenas pra desviar a atenção de curiosos enxeridos - e até a minha própria. Em resumo, estava mentindo pra mim mesmo; tentando me convencer de uma coisa que não existia. Aliás tentando me convencer de que não existia uma coisa que existe com a mesma intensidade da força gravitacional de um buraco negro! Alguns sentimentos são simplesmente inevitáveis...

Descobri que, apesar de qualquer argumento que possam me dar, ser uma máquina ainda seria a melhor opção pra alguém como eu! Por quê? Máquinas são insensível, frias e manipuláveis! O que seria ruim, talvez você pense. Mas não pra mim, porque se eu fosse uma máquina nem ligaria se sou insensível, frio e manipulável. Afinal... seria uma máquina... Não haveria questionamento, não haveria vontade, mentira, amor, traição e piedade! Não haveria sexo! Oh! Que absurdo! Pois é... até na parte mais profunda da minha alma, até o sexo tem sido uma tortura - não, não sou sadomasoquista! Se eu fosse uma máquina não haveria, pais, mães, tias, tios, primos, papagaios e periquitos! Haveria a lógica, a razão ! Haveria 0 ou 1! Haveria escolha, mas não haveria dúvida!

Descobri que sou meu próprio juíz, juri e executor. Sou minha consciência. E embora essa senhorita more dentro de mim , ela geralmente some, ou prefiro ignorá-la. E só Deus sabe porque faço isso! Deveria ouvir a mim mesmo, meu instinto de preservação! Me meteria em menos problemas... Descobri que piedade também é prima da culpa, parentes próximas, assim como somos dos macacos... eeeh! muitas semelhanças... Às vezes, ser piedoso é a tentativa de reparar erros... Aliás, tentativa que em 99,99% das vezes falha miseravelmente.

E mesmo no meio de tantas descobertas, algumas perguntas ainda me assustam. Eu que achava o que era amor, acabo por me ver diante de um sentimento que não sei dizer se é obsessão ou amor mesmo. Sabe aquele amor que todo mundo sonha, mas ninguém tem! Pois é... eu tenho um assim, e não sei exatamente se é o que quero! Aliás, estou mentindo de novo! Eu sei muito bem que não quero e tento me colocar em dúvida apenas pra sentir menos culpa! Covarde! Isso que sou!

Não sei o que sou. Se sou minhas escolhas ou minhas vontades. Se sãos as atitudes que importam, ou os motivos que nos levam a elas. Se é o ato ou o pensamento imbuído no ato. Se tomamos uma atitude aversa a nossa vontade, estamos indo contra nós mesmos. Conflito de interesses... é difícil!...

Descobri também, que não existe qualquer regra ou lógica que governe a vida ou o universo! Tudo é o Caos! Assim como eu...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sou Preconceituoso, Sim!




Eh! É verdade... Sou preconceituoso! E muito! Qual o problema?!


Tem gente que tem preconceito contra preto só porque é é branco! Tem gente que tem preconceito contra branco só porque é negro! Como se quantidade de melanina na pele fizesse alguma diferença!


Tem gente que tem preconceito contra deficientes físicos e mentais, só porque nasceu "perfeito". E daí! Tudo um bando de alejado e débil-mental! Qual problema de se odiar essa gente?!


Tem gente que tem preconceito contra pobre! Quem ganha menos tem que ser marginalizado! Como diria Caco Antibes: Odeio pobre!


Tem tem que tem preconceito contra puta, orientais, latinos, indianos, arábes, jornaleiros, roqueiros, funkeiros, emos, operários, católicos, evangélicos, gays, lésbicas, transexuais... enfim... tem preconceito pra tudo nesse mundo!


Por que falei isso tudo?... Simples...


Um dia, estava eu, na cantina, da minha faculdade, a fim de fazer uma lanche. Era época da parada do orgulho gay da minha cidade. Na cantina, ao meu lado, tinha uma garota. O canteiro perguntou, inocentemente, se ela iria à parada - porque é o maior evanto de JF. A dita criatura respondeu ofendida: "Eu não! Odeio gays!" O cara ficou horrorizado: "Que isso menina! Não pode ser assim, não!" Ela, por sua vez respondeu orgulhosa: "Sou preconceituosa mesmo!"


Eu, que estava ali do lado, quase falei: "Ah! Eu também sou preconceituoso! Odeio gente estúpida!"


Eu odeio mesmo! Sou preconceituoso contra gente estúpida, hipócrita, arrogante e ignorante! Gente que se acha superior, que acha que tem o direito de julgar a vida dos outros sem sentir na pele a pedra jogada!


Todos nós temos um telhado de vidro.


Quer ser preconceituoso? Seja contra gente imbecil, contra gente mau-caráter, contra ladrão, assassino, contra político corrupto, contra gente burra e medíocre! Quer fazer a coisa errada, pelo menos faça certo!