segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acabou!




Acabou! Finalmente, acabou! Depois de Lula, marqueteiros, Serra, oposição, extirpações, Erenices, mídia, aloprados, abortos, religiosos e até pitacos do Papa... acabou! Com mais de 56% dos votos válidos, Dilma foi eleita a primeira presidente mulher do Brasil. Isso é bom ou ruim? Não sei. Honestamente, espero que as coisas sejam boas, afinal de contas, só quem é muito egoísta poderia esperar que dessem errado.

Claro que há certos medos, como por exemplo, o inchaço da máquina pública que ficou ainda mais evidente durante o governo de Lula e que pode crescer ainda mais no de Dilma. Não falo de ampliação de vagas em cargos públicos, falo dessas estranhas indicações a cargos de confiança no governo. Estados muito centralizados tendem a ser hospedeiros de parasitas políticos e sabemos que esses existem aos montes no Brasil. Dilma pode prometer reforma política a vontade durante a campanha, mas fará algo para impedir a apropriação indevida de "lotes" na máquina pública?

Outro ponto que me deixa realmente intrigado, até porque me afeta diretamente, é essa cruzada colocada em prática pelo PT contra a imprensa livre - ok, imprensa é um termo que só se aplica à veículos impressos, como jornais, revistas e afins, mas você me entendeu, certo? - Lula (ele principalmente) e Dilma declararam ser a favor da liberdade de imprensa, mas nosso atual (futuro ex) presidente criou uma TV estatal, para atender única e exclusivamente os interesses do governo. Ele pode fazer isso? Claro que pode! Afinal já fez. Deveria? Absolutamente, não! Veículos de informação deveriam ser independentes de interesses particulares. Mas nem as empresas de comunicação o são, então, ficam elas por elas. Mas esse foi um jeito encontrado por Lula pra fazer frente à mídia forte que existe no Brasil, e que ele - e tomara que ninguém - jamais conseguiria derrubar, como fez Chavéz na Venezuela. Se dependesse apenas de sua vontade, com certeza só haveria TVT. Então, minha maior preocupação é: Dilma manterá seu compromisso com a imprensa livre, apesar de lhe ser uma oposição muitas vezes cruel? - em outras palavras: num futuro próximo, poderei exercer a profissão que escolhi sem medo?

Meu medos não são infundados, mas são aplacados quando penso que pra certas coisas é melhor ter esperança de que haverá quem a impeça de meter os pés pelas mãos, quando e se for o caso. Até porque, não há muito mais o que fazer...

Um comentário:

  1. Posso falar, tenho medo da Dilma, de tudo isso que falou e de um pouco mais.
    Adoro me politizar aqui, vou ficar refletindo sobre tudo isso...quando encontrar algo bom, comunico!

    beijo grande querido!

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