Existem certas idiossincrasias do comportamento humano que me intrigam. Não que isso seja novidade, pois, afinal, eu não entendo muitas coisas desse tal ser “evoluído”. Mas tem umas que realmente me intrigam. E, ao intrigar, instigam meu pensamento na busca por respostas.
Não levo muita fé na bondade humana. Pra mim, todas as pessoas possuem uma essência malévola que é suprimida por certas regras sociais. Assim sendo, quando ouço falar que o trote nas universidades e faculdades é um momento de brincadeira e confraternização para entrosar os calouros e outras choromelas mais, meu sentido cínico logo ataca.
Com outras tantas maneiras de se conseguir entrosar e quebrar o gelo com os novatos, jogar tinta, materiais fedorentos, pós de todos os tipos e cortas roupas e cabelos (para ficarmos apenas nos trotes mais leves, sem mencionar aqueles que acabam em tragédias) me parece ser uma desculpar (das mais esfarrapadas) para se deixar levar por aquela “essência malévola” que falei anteriormente. É como se achassem um momento especial para libertarem o desejo de dominação e superioridade que todos nós escondemos, de exercer poder sobre outros, de humilhar e saciar aquele pequeno demoniozinho que na maior parte das vezes silenciamos dentro de nós.
De onde tirei essa idéia maluca? Da pura e simples observação do comportamento das pessoas ao meu redor e a buscas por outras respostas além das já existentes.
A parte realmente ruim disso tudo é a perpetração dessa cultura mascarada de brincadeira. O desejo de “vingança” deturpado, que se instaura entre um período e outro inocentemente disfarçado, mascarando a perversidade das pessoas e a honestidade delas mesmas.
__________________________
O Lobo [Pitty]
Sempre em busca do próprio gozo
E todo zelo ficou pra trás
Nunca cede e nem esquece
O que aprendeu com seus ancestrais
Não perdoa e nem releva
Nunca vê que já é demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário