domingo, 3 de julho de 2011

Usando Anakin Skywalker Para Explicar o Fracasso da ONU Diante de Kadafi




Este post pode ser uma tentativa Nerd (para não mencionar infantil) de explicar algumas incoerências do nosso mundo civilizado atual: porque Kadafi ainda não foi derrotado pelas forças da ONU?

Eu sou um fã inveterado de Star Wars - e ao contrário dos saudosista, prefiro a nova trilogia do que a antiga, embora ela tenha memoráveis erros de execução - e acompanho The Clone Wars. No fim da última temporada, Anakin Skywalker e Obi-Wan são enviados em uma missão de resgate, para salvar um outro Jedi e sua tripulação, que guardavam um segredo de guerra que poderia dar a vitória para o lado que o possuísse. No desenrolar dos acontecimentos, Anakin, com sua personalidade já meio torta, discute com um dos capitães aprisionados sobre o andamento da Guerra dos Clone e da postura Jedi diante de certos cenários. Chegam à conclusão, assim, que o Código Jedi muitas vezes impede que a República ganhe diversas batalhas contra os Separatistas, pois os impede de fazer o que é “necessário” para conseguir a vitória.

Isso é um fato. Claro que a ONU não possuí nenhum Código Jedi, mas tem que responder às críticas do mundo civilizado, que vê no respeito à vida e ao inimigo como um sinal de moral e - sabe-se lá porquê - de superioridade. Tanto que ela é mal-vista por ter matado civis nas campanhas equivocadas que faz na Líbia. Kadafi não tem a mesma preocupação, ou seja, não há bússola moral que o guie, a não ser a própria arrogância messiânica e egocêntrica que guia todos os tiranos. Ele pode matar quem ele quiser, usar qualquer artifício que tiver em mãos para se manter no poder; as Forças da ONU não podem, primeiro, pela própria moral e, segundo, pela opinião pública que segue a mesma moral.

Não estou dizendo que devam se igualar a Kadafi e esquecer os valores sobre os quais o Ocidente se baseou. Mas enquanto a ONU não decidir se mantém seus ideais ou se para de passar vergonha, essa história vai se prolongar. A obsolescência não parece ser uma opção agradável…

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