sábado, 24 de maio de 2008

Ódio

por Igo Araujo

Sinto como se farelos de vidro corressem pelas veias
Arrancando e dilacerando meu interior
Sinto como se garras demônios me dividissem em dois
Destruindo, calando, chorando e chicoteando
Paralisando.

Sinto como se tivesse tomado uma dose de absinto ardente
Absinto e desinfetante, absinto e veneno
Queimando tudo aquilo que havia engolindo
Incinerando, explodindo.

Sinto como se anjos sinistros enfim tivessem emergido
Preparados para a guerra, para o banho de sangue
Como se suas espadas clamassem avidamente
Pela carne de meus inimigos

Desejo o fim sangrento daquilo que me atormenta
Mato, e através da morte, morro...

2 comentários:

  1. Igo que odio é esse?!
    hehe =))
    ficou muito bom sua poesia,assim como tudo que você escreve!
    eu tava com saudade de passar aqui, eu amo seus posts, o problema é que eu to sem tempo :(
    mas sempre que der, eu passo por aqui!
    béeijoos

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  2. Seria comico se nao fosse tragico?

    bjs

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