Tá certo que ela é um porre! tá certo que ela é fútil e artificial! tá certo que ela não canta absolutamente nada! e mais certo ainda, sua voz é insuportável!
Tá! mas, se eu detesto tanta essa criatura loira e vazia, pq ela mereceu uma postagem no meu blog, com direto a foto e tudo o mais?
Pra ser sincero nem eu sei exatamente, podia ter colocado a foto da pitty, por exemplo, um ícone daquilo que me proponho a falar hoje. não! ela não seria perfeita para isso! aliás, é provavel q nem essa loira seja! mas vou falar atraves do trabalho artístico dela (ok, pode não parecer, mas, sim, é possivel tirar algo proveitoso do trabalho "artístico" dela).
Vamos começar...
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LADO A
Bem, não dá pra negar um certo movimento feminista abrindo caminho pela sociedade. não falo daquele movimento radical que surgiu no começo do século passado, nem da revolução sexual da metade do mesmo, onde a mulher conseguiu seu espaço no mercado de trabalho (que aliás, ainda é um tanto injusto). Não falo dessa vida social, encabeçando a familia. Falo, hoje, de uma certa liberação daquele estereótipo de que mulher só faz sexo por amor, que mulher só se apaixona, que mulher não sabe lidar com o descaso emocional tão característico nos homens. Que mulher é sempre passiva, que só se machuca e fica lamentando pelos cantos.
E a Kelly Key? O que essa loira superficial tem a ver com tudo isso?
Simples: muitas de suas músicas ilustram esse novo comportamento feminista. A mulher (ou garota) que dá a volta por cima quando leva um não do namorado. A mulher (ou garota) que toma a rédia do namoro quando algo não lhe agrada. É uma revolução muito importe para a qualidade dos relacionamentos e consequentemente para as pessoas de uma modo geral (não dá pra separar nossa qualidade de vida da qualidade do nosso namoro, ou vai me dizer que quando você briga com sua namorada você vai feliz e sorrindente pro trabalho???...). Grande parte do que frustra os relacionamentos (desde os primórdios) é a falta de ação dos conjugês, a falta de diálogo, a iniciativa, o "pegar pra fazer". E as mulheres que se habituaram a abaixar a cabeça quando o coração pesa (ou seria apenas um estigma, um estereótipo?), se deixavam abater pelos desprezo masculino, enfim... eram passivas! A KK (quanta intimidade) tráz o outro lado da história, quase como um levante feminista com jeito pop, sem aquele ar de radicalismo, de extremismo. É a valorização da posição da mulher no relacionamento sem entrar em uma guerra declarada contra o machismo.
LADO B
Claro que ela podia se tocar da importância real daquilo que ela canta e fazer uma música com mais elaboração cultural! Melhorar a qualidade da música enquanto som! fazer o que puder para limpar sua imagem dessa levianidade de mídia e realmente se preocupar com música. Até por que, pra quem antes emplacava vários sucessos e agora tem q lançar uma coletânea com faixas regravadas com três ou quatro inéditas, bem... algo tem que ser feito urgentemente para sustentar o espaço no cenário artístico...


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