
Juro que neste post farei o máximo de esforço para não tocar no assunto de religião ou da babaquice irracional de uns e outros, baseada na existência de um deus.
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Ganhei um ótimo presente de aniversário. No dia 5 de maio, o STF decidiu por unanimidade, validar (ou qualquer que seja o termo) a “união estável homoafetiva”. Aliás, quem foi o viado que inventou a palavra “homoafetiva”?? É gay mesmo!!! Voltando ao assunto… Para fins legais, casais gays (gays mesmo, nada de homoafetiva) terão os mesmos direitos assegurados por lei a casais heterossexuais (a lista você provavelmente já conhece).
Alguns chegaram muito perto do infarto (#chupamalafaia); outros de uma crise psicótica. Mas a maioria dos que são contra o casamento gay ficaram só na revolta mesmo. O que é - pelo menos pra mim - incompreensível.
O grande argumento do que são contra o movimento gay (pejorativamente chamado de gayismo) é que existe uma ditadura rosa na democracia brasileira atual; que o lobby para aprovar leis que favorecem os gays é fortíssimo; que os gays querem colocar uma mordaça na boca daqueles que “não aprovam a conduta homossexual”; que o gayismo quer acabar com a liberdade de expressão.
A lógica dos argumentos desse povo é que os gays estão tramando um plano diabólico para tentar dominar o mundo. Como se uma lei que permita ou legalize ou reconheça ou legitime o casamento gay fosse obrigar todo mundo a casar com alguém do mesmo sexo! Ou que a PL-122 foi especialmente desenhada para tolher o direito de se expressar. Não é essa nossa intenção. Mas assim como eles têm o direito assegurado de se expressar, nós também queremos o direito de termos uma vida igual, com os mesmos direitos de constituir família e todo o amparo legal em que isso implica (aqui falo pelos que querem, não é um desejo pessoal meu).
Ao contrário do que muitos pensam, não queremos recrutar ninguém para um imaginário Exército do YMCA. Só queremos o direito de sermos feliz. Mais importante, de sermos respeitados.
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